quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Captações de Água para Consumo Humano

Com a Câmara Municipal e a Engenharia Sanitária realizaram-se as visitas às captações de água para consumo humano.
Estas actividades estão inseridas no Programa de Vigilância Sanitária, e são de carácter tecnológico.

Começo por definir o conceito de abastecimento de água, que tem como fim colocar à disposição dos indivíduos e das comunidades, nas condições mais satisfatórias de higiene e de comodidade a água que precisam de utilizar para fins pessoais e colectivos. Um sistema de abastecimento de água é composto por várias partes, a captação, o tratamento, adução, reservatório e redes de distribuição.
A água destinada ao consumo humano deve obedecer a determinadas características. Não pode conter nem substâncias químicas perigosas para a saúde, nem microrganismos patogénicos que provoquem doença, deverá ser tão agradável quanto possível ao paladar, fresca, límpida, sem turvação e não deverá apresentar nem cor, nem sabor, nem cheiro desagradável. A água não deverá deteriorar as diversas partes dos sistemas de abastecimento. É por isso importante, além de fornecer água em quantidade suficiente, garantir que a qualidade dessa água é conveniente, submetendo as águas a tratamentos.


A partir do ciclo geológico da água podemos compreender a origem e trajecto da água. As fases pelas quais passa antes de chegar às nossas habitações.
Nas visitas às captações é utilizada uma check list, para verificar as condições de protecção da captação. Do que existe em redor da captação e também das características junto ao local.
É importante proteger as origens da água para salvaguardar a qualidade da mesma, para as proteger de qualquer contaminação ou foco de poluição.


A protecção de uma captação é um dos factores primordiais para a manutenção da sua qualidade, reduzindo os riscos de contaminação e consequentemente a inquinação sa água captada.

Segundo a OMS, no que diz respeito às captações, as principais metas são:
  • Proteger a saúde das gerações actuais e futuras;
  • Garantir o desenvolvimento sustentável do planeta mantendo, simultaneamente os seus recursos; e 
  • Prevenir em vez de curar.
Os objectivos principais passam por evitar os danos nas estações de captação de água, evitar as descargas de poluentes, controlar as novas actividades e dinamizar as medidas de prevenção e controlo nas origens.
Estão definidos pela OMS 3 níveis de protecção. 

Zona 1 “zona à volta do furo”, zona de protecção inferior;
Zona 2 “zona de prevenção”, zona de protecção exterior;
Zona 3, protecção da área da captação.

Depois de realizada a visita, verifica-se que o acesso a quase todas as captações é facilitado. Existem grafittis e outros sinais de permanência de indivíduos no local. Todos os furos estão apenas protegidos por um pequeno muro com tampa de chapa metálica e cadeado de fácil arrombamento. Encontram-se em contacto directo com o meio ambiente, sendo fácil introduzir qualquer substância por parte de estranhos.
No relatório que irá ser enviado à Câmara Municipal serão abordados estes aspectos de forma a adoptar medidas correctivas por parte da Entidade Gestora e responsável, sendo que a água é um bem precioso, que deve ser protegido adequadamente, garantindo a salvaguarda da saúde pública, com reflexo nas populações abastecidas por estas captações.

 Na minha opinião estas visitas deviam realizar-se com mais frequência. é importante saber o estado das mesmas e insistir com a Entidade Gestora para proceder às alterações necessárias com a maior  brevidade possível.

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